terça-feira, 17 de julho de 2012

Sociedade nos tempos modernos

Em sociologia, uma sociedade (do latim: societas, que significa "associação amistosa com outros") é o conjunto de pessoas que compartilham propósitos, gostos, preocupações e costumes, e que interagem entre si constituindo uma comunidade. 
A sociedade é objeto de estudo comum entre as ciências sociais, especialmente a sociologia, a história, a antropologia e a geografia. É um grupo de indivíduos que formam um sistema semi-aberto, no qual a maior parte das interações é feita com outros indivíduos pertencentes ao mesmo grupo. Uma sociedade é uma rede de relacionamentos entre pessoas. Uma sociedade é uma comunidade interdependente. 
O significado geral de sociedade refere-se simplesmente a um grupo de pessoas vivendo juntas numa comunidade organizada. A sociedade pode ser vista como um grupo de pessoas com semelhanças étnicas, culturais, políticas e/ou religiosas ou mesmo pessoas com um objetivo comum. Uma delimitação física (como um território, um país ou um continente) não pode definir uma sociedade, já que entre eles podem ter diferenças que podem se afastar do conceito da sociedade. Está implícito no significado de sociedade que seus membros compartilham interesse ou preocupação mútuas sobre um objetivo comum. Como tal, sociedade é muitas vezes usado como sinônimo para o coletivo de cidadãos de um país governados por instituições nacionais que lidam com o bem-estar cívico. 
Pessoas de várias nações unidas por tradições, crenças ou valores políticos e culturais comuns, em certas ocasiões também são chamadas de sociedades (por exemplo, Judaico-Cristã, Oriental, Ocidental etc.). Quando usado nesse contexto, o termo age como meio de comparar duas ou mais "sociedades" cujos membros representativos representam visões de mundo alternativas, competidoras e conflitantes. Também, alguns grupos aplicam o título "sociedade" a eles mesmos, como a "Sociedade Americana de Matemática". Nos Estados Unidos, isto é mais comum no comércio, em que uma parceria entre investidores para iniciar um negócio é usualmente chamada de uma "sociedade". No Reino Unido, parcerias não são chamadas de sociedade, mas cooperativas. Margaret Thatcher, uma política britânica, chegou a afirmar que a sociedade não existe. Conforme ela, só existem os indivíduos e suas famílias. Mas ela não foi a única a dizer que não existe sociedade. Ainda há um debate em andamento nos círculos antropológicos e sociológicos sobre se realmente existe uma entidade que poderíamos chamar de sociedade. 
Teóricos marxistas como Louis Althusser, Ernesto Laclau e Slavoj Zizek argumentam que a sociedade nada mais é do que um efeito da ideologia dominante e não deveria ser usada como um conceito sociológico.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Relação entre vizinhos

Os costumes de antigamente, como sentar-se com o vizinho à tarde ou nos fins de semana para trocar ideias, receitas ou simplesmente bater papo, definitivamente mudaram. Já é raro hoje conseguir tempo para cultivar boas relações com quem mora ao lado, algo comum até algumas décadas atrás. 
Qual foi a última vez, por exemplo, que você levou ao vizinho uma fatia do bolo recém-saído do forno? Com muitos afazeres diários e pouco tempo de lazer, há o aumento do estresse, que leva a pessoa a chegar em casa, ir para baixo do chuveiro e relaxar. Por isso, as relações entre moradores de um mesmo andar, ou de uma mesma rua, acabam restringindo-se à solução de um problema. 
E, muitas vezes, não de uma forma gentil. “Os vizinhos são quase como uma família que a gente não escolhe”, afirma a administradora Naiara Soares Pinto, de 27 anos, moradora de Chapecó (SC). E, como forma de conviver harmoniosamente com a vizinhança, ela usa tolerância, respeito ao próximo e receptividade. “Devemos ser educados, pois a recíproca será verdadeira”, indica. Porém, nem sempre a paciência é a qualidade que mais impera na relação porta a porta. 
O Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP) aponta que os problemas mais comuns na convivência envolvem basicamente quatro palavras que começam com a letra “c”: cachorro, carro, cano e criança – e, naturalmente, o desenrolar de todos os tumultos ocasionados por elas. 
E não é todo mundo que “tira de letra” e com bom humor situações que, frequentemente, tornam-se embaraçosas e fatigantes. Construir uma relação boa entre vizinhos exige, em geral, dois ingredientes básicos: diálogo e educação. É exatamente nisso que aposta a publicitária Amanda Bairos, de 23 anos. Ela mora com a família há 15 anos no mesmo prédio, em Santos (SP), e lembra que, desde criança, convive com “incômodos” criados pelos moradores. Mas, em vez de fazer um “barraco”, ela prefere uma conversa direta, pessoalmente. “Quando não dá, procuro a administradora do prédio, que pode servir de intermediária.” A criatividade e a paciência podem ser outras alternativas para um convívio coletivo saudável. Amanda lembra um caso que ocorreu há algum tempo. O cachorrinho da vizinha fazia suas necessidades pelo corredor. “Colocamos bilhetes pelo prédio todo, dando avisos, e funcionou.” Por situações como essa, Chéde, do Secovi-SP, alerta: é importante tentar acabar com o conflito logo no início. “Assim, você evita um clima de tensão entre os moradores.”